Moacyr Franco também foi atingido pela onda de cortes do SBT e, após 20 anos de emissora, foi demitido nesta terça-feira (21). O ator estava há 12 anos no humorístico “A Praça É Nossa”, onde interpretava o Jeca Gay.
Franco, após uma primeira passagem, retornou ao canal de Silvio Santos para apresentar o “Concurso de Paródias”, em 1997. Ele atuou também nos seriados “Ô… Coitado” (1997-1999) – com Gorete Milagres – e “Meu Cunhado” (2004-2006) – com Guilhermina Guinle e Ronald Rios, e assumiu a função de diretor de criação da emissora, em 1998.
Em entrevista ao “Estadão”, Carlos Alberto de Nóbrega, bastante abalado com a informação, disse que não foi o responsável pela saída do artista. “Somos amigos há 62 anos”, frisou.
E prosseguiu: “Quando soube que ele seria cortado, foi um choque. Eu disse à direção da casa que não conseguiria dar a notícia, porque iria começar a chorar na hora. Ele é um dos artistas mais injustiçados no nosso País. Ele é um gênio, tem uma versatilidade como poucos. É um ótimo ator, humorista, escreve muito bem, é um poeta, canta muito bem… Era um absurdo ele ter somente 5 minutos de participação na Praça. Mas a empresa não é minha, e a decisão também não foi minha. Estou muito triste. Ainda não tive coragem de falar com ele”.
Além de Moacyr Franco, outro humorista que deixa a casa é Paulo Pioli, que interpretava o personagem Caipira, dono do bordão “Êta fuminho bão”. Ele estava no programa havia mais de dez anos. A asessoria do SBT não se pronunciou sobre as demissões.