A direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) antecipou a divulgação das imagens do Café da Reforma Agrária cujo lançamento ocorre nesta sexta-feira 2, a partir das 8h, na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto.
O produto, torrado e moído e embalado a vácuo será produzido a partir dos grãos cultivados por famílias de assentamentos da região do Extremo Sul da Bahia.
A organização da produção do café pelos assentados da Reforma Agrária, faz parte da Rede Produtiva do Café do MST. Na Bahia, a Cooperativa Agropecuária do Extremo Sul da Bahia (COOPAESB), tem se tornado referência na organização da Rede Produtiva do Café.
A COOPAESB tem quase 290 associados, já na produção do café participam diretamente 62 famílias que fazem parte da Rede Produtiva do Café, que só na região produz mais de 4 milhões de pés de café nas áreas de assentamento.
A Rede Produtiva do Café nasceu a partir dos debates do setor de produção do MST, em 2018 se iniciou o processo de organização da produção do café pelo MST no estado baiano e em 2019 a COOPAESB foi contemplada no edital Aliança Produtiva.
Para Hervison Pereira, presidente da COOPAESB, o edital contribui para além das famílias contempladas, contribui para a formação e organização da produção de muitos agricultores.
Marca registrada dos produtos da Reforma Agrária
Na Bahia, o Movimento Sem Terra registrou a marca Terra Justa, como marca dos produtos da Reforma Agrária produzidos pelos trabalhadores e famílias Sem Terra no estado.
A marca Terra Justa foi pensada a partir da organização das Redes Produtivas, a primeira rede foi a do Cacau, na produção do Chocolate Terra Justa. E o setor tem avançado para a organização de outras redes produtivas, como a do café e em breve as redes produtivas de Mel e Farinha de Mandioca.
Para Arleu Kay, da coordenação do setor de produção do MST/BA, “a luta para conquistar um pedaço de terra é muito difícil, é com muito trabalho, então todo alimento que se produz é justo”, diz Kay.
“Terra Justa é mostrar para a população a justiça sendo feita, a terra é justa por estar na mão da classe trabalhadora. O alimento e o seu valor são justos pelo o que está sendo produzido, com qualidade e responsabilidade”, conclui Arleu.
SERVIÇO
Lançamento do Café da Reforma Agrária
Dia: 02/12/2022 sexta-feira
Horário: A partir das 08h
Local: Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto
BR 101, KM 834, Assentamento Jacy Rocha, Prado/BA