Cerca de mil mulheres do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam na madrugada desta segunda-feira 5, a fábrica da Suzano Celulose no município de Mucuri no extremo sul baiano.
A ocupação faz parte da jornada de lutas das mulheres e tem o objetivo denunciar a crise hídrica no município, o uso abusivo de agrotóxico, pulverização de veneno e dizer não ao monocultivo do eucalipto transgênico.
Em nota divulgada a imprensa , o MST acusa a Susano de degradar o meio ambiente e automaticamente não demostrar nenhum compromisso com a sociedade com ações em contrapartida.
A nota ainda responsabiliza a Suzano com uma das principais empresas responsáveis pela crise hídrica na região, já que o eucalipto consome água em grande escala para a sua produção, ocasionando assim a morte de vários rios e represas em toda região.
Para as mulheres do MST, a empresa não tem cumprido seu valor social. A Jornada de Lutas das Mulheres denuncia esse modelo de degradação dos bens da natureza e da sociedade.
A Suzano informou que os manifestantes ocuparam um trecho próximo à portaria da unidade de Mucuri. O ato terminou ainda pela manhã, e a fábrica segue operando normalmente. O horário do final do protesto não foi informado.
Com o lema “Quem não se movimenta, não sente as cadeias que o prendem”, a Jornada na Bahia denuncia as privatizações, a violência, os latifúndios improdutivos e pauta a construção da Reforma Agrária Popular, com foco na luta pela democracia.