A Bahia é o maior produtor da fruta no país e o segundo maior exportador. O estado é seguido pelo Espírito Santo. O extremo sul da Bahia é onde mais se produz. O mamão é encontrado em nove municípios da região, com destaque para os tipos sunrise solo (havaí), golden e, em menor quantidade, formosa.
Dados do IBGE apontam uma área colhida no estado de 11.635 hectares, com destaque para Porto Seguro. O principal comprador de nosso mamão no exterior é a Europa.
Crise
O preço do mamão, porém, varia demais. Em alguns momentos está elevado e chega a enriquecer seus produtores. Porém, acontece de ficar tão baixo que não vale à pena colher. Mesmo nestes momentos o fazendeiro tem que colher com prejuízo, pois deixar mamão no pé propaga doenças. Este preço tão inseguro tirou do mercado muitos pequenos produtores da região que não suportaram tanta oscilação, pois não tinham tanto capital de giro, ou mesmo seguro rural.
Hoje estamos em um momento ruim com o mamão formosa cotado em Itamaraju a R$ 2,52. Entre os problemas enfrentados pelos produtores estão o elevado custo de produção e a queda do preço de venda, a questão cambial e os elevados custos para exportação. O mamão possui inserção social muito grande, em função do elevado número de agricultores envolvidos na cultura, e pelo forte impacto na economia. 85% da exportação de mamão do Brasil é para a Europa, que vive momentos de conturbação econômica, fator que pode acarretar mais dificuldades para os produtores.
Qualidade atestada
A ampliação das exportações para os Estados Unidos ajudará a reforçar a qualidade da produção baiana, acredita a pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Áurea Albuquerque.
“É a atestação de que o produto baiano é de muito boa qualidade e de que os produtores vêm, crescentemente, cumprindo efetivamente com as normas e cuidados fitossanitários (com o apoio da Adab), e com isso ampliando seus mercados e perspectivas de maiores lucros”, diz.