Duas operações realizadas pela Corregedoria Geral do Estado (CGR), unidade ligada à Secretaria da Administração do Estado (Saeb), identificaram 1.319 servidores com indícios de acúmulo ilegal de vínculos públicos.
Foram 159 servidores detectados, que possuem de três a seis cargos ativos no Estado, em municípios baianos ou no governo federal, e 1.1160 servidores com dois vínculos não permitidos por lei.
As operações Multivínculos e Trabalho Ilegal focam na preservação do erário e na melhoria da qualidade do gasto público, de acordo com o secretário da Administração do Estado, Edelvino Góes. A CGR cruzou dados da folha de pagamento do Poder Executivo da Bahia com as folhas de pagamento de 388 municípios baianos.
Um dos casos que chama atenção é a de um servidor estadual lotado em Camacã, que aparece na função de perito técnico mas tem outros cinco vínculos como médico nas prefeituras de Ibirapitanga, Itabuna, Itaju de Colônia, Itapitanga e Pau Brasil. No total, seriam 240 horas semanais de trabalho.
Todos os servidores apontados serão convocados através do Diário Oficial do Estado publicado nesta quinta-feira (21). Eles deverão apresentar justificativas e levar a documentação comprobatória à sede da unidade da CGR, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), nos postos da Rede SAC, ou através dos Correios. O prazo para apresentação é de 02 a 31 de janeiro de 2018.
Quem não regularizar a sua situação pode responder a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e poderá ser demitido.