A Polícia Federal e o Ministério Público Federal atuam em um desdobramento da Operação Faroeste que apura suspeitas de pagamento de propina para beneficiar um empreendimento imobiliário em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento.
O banco acabou condenado a pagar R$ 15 milhões à empresa Empreendimentos Turísticos e Imobiliário Mirante do Porto Ltda., que construía um condomínio em Porto Seguro.
As apurações atuais podem abrir caminho para que os investigadores identifiquem outras determinações de magistrados que foram oriundas de negociações em troca de dinheiro e de vantagens indevidas.
O empreendimento e o banco estavam em litígio na Justiça por uma questão relativa a empréstimos desde a década de 1990. Nessa disputa, o Bradesco já havia perdido em primeira instância e recorreu.
Antes, a PF e o MPF estavam com investigações concentradas em vendas de decisões judiciais relacionadas a disputas de terras no oeste do Estado.
Esse desdobramento da Faroeste é chamado de Operação Patronos e foi autorizado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), em decisão sob sigilo do inquérito e obtida pela reportagem que determinou o bloqueio de quase R$ 37 milhões de em bens e valores investigados e a quebra de sigilo financeiro de advogados e escritórios de advocacia.
As decisões sobre o novo braço da operação estão sob a responsabilidade do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva. No mês passado, houve busca e apreensão nos endereços dos investigados.
O caso que deu origem à investigação é uma apuração sobre suspeita de repasses de R$ 400 mil em propinas para que em 2016 fosse elaborado voto no TJ-BA contra o Bradesco, em uma ação que pedia indenização por perdas e danos.
O banco acabou condenado a pagar R$ 15 milhões à empresa Empreendimentos Turísticos e Imobiliário Mirante do Porto Ltda., que construía um condomínio em Porto Seguro.
O empreendimento e o banco estavam em litígio na Justiça por uma questão relativa a empréstimos desde a década de 1990. Nessa disputa, o Bradesco já havia perdido em primeira instância e recorreu.
A desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, que mais tarde virou delatora da Faroeste, tornou-se a relatora do caso no TJ-BA. Seu voto foi seguido pelos outros integrantes da corte que participaram do julgamento. Eles decidiram a favor da Mirante do Porto —a investigação não trata dos outros magistrados nesse caso. *Fonte: PolíticaLivre