A reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Joana Angélica Guimarães da Luz, afirmou temer pela não conclusão das obras dos campi da instituição.
Pois, com o contingenciamento o orçamento destinado para UFSB este ano foi reduzido para menos da metade, passando de 31,5 milhões para R$ 14,5 milhões. Devido a esse corte, a universidade está tomando medidas para economizar. Uma delas é deixar o ar-condicionado desligado em todas as unidades.
“Hoje temos uma despesa de R$ 1,2 milhão por mês, mas recebemos R$ 860 mil. Estamos literalmente precisando escolher quais contas a gente paga e quais a gente atrasa, quais contratos a gente honra e quais não” afirmou a gestora.
Joana também afirmou que os projetos de pesquisa também estão paralisados e que mesmo com pouco tempo de atividade, os três centros de ensino já apresentam um déficit de salas. “Novos alunos vão chegar e não sei como vamos recebê-los no próximo ano” alegou.
Além disso, a reitora teceu críticas ao Programa Future-se e às declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que disse que os professores das universidades públicas só trabalhariam oito horas por semana. Para ela, a fala é um dos “maiores absurdos” que já ouviu.
Assim como outras instituições de ensino superior federais, a reitora Joana Angélica ratifica: “se não tiver mais recursos no próximo mês, aí, sim, já é o caos. Se continuar assim, fechar a universidade é o último passo”.