Uma roda de conversa marcou o Dia Internacional de Combate a Violência contra a Mulher na última sexta-feira 25, no Assentamento Fábio Henrique no município de Prado.
A iniciativa da Brigada Joaquim Ribeiro reuniu mulheres Sem Terra para falar da importância da data e ao mesmo tempo homenagear a luta das freiras dominicanas.
A data foi criada em homenagem às irmãs Mirabal da República Dominicana, que foram assassinadas pela sua luta contra a ditadura do presidente Rafael Leónidas Trujillo no país, lembra Eliane Oliveira da Direção Estadual do MST-BA.
Os corpos das três ativistas foram encontrados no início dos anos 1960, após serem torturadas e assassinadas pelo governo, relata a dirigente.
Dados do Anuário de Segurança Pública de 2022, uma mulher é vítima de estupro a cada 10 minutos no Brasil. A maioria crianças e adolescentes – 61,2% tem de 0 a 13 anos. E em média três mulheres são vítimas de feminicídio por dia.
Em 2021 foram registrados 1.341 crimes de feminicídio. 62% eram negras, no campo não tem sido diferente, entre 2011 e 2020 foram registradas 77 tentativas e 37 assassinatos de mulheres por conflitos fundiários e ambientais, além de agressões, ameaças, estupros e outros crimes de violência, indica levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
“Os aromas de março já estão no ar, anunciando que seremos um mar de bandeiras” afirmou Eliane Oliveira durante o evento que serviu de alerta contra a violência contra a mulher.