Reflexo do aumento da criminalidade no estado, o roubo de cargas teve crescimento de 105% em seis anos na Bahia e tem obrigado empresas a destinar até mais de 5% do orçamento anual com segurança. O ritmo segue crescente desde 2011, quando foram registrados 215 casos, chegando a mais que o dobro em 2016, com 441 roubos. Os dados de 2017 ainda não foram concluídos, informou a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Como consequência desses crimes, cresceu também o prejuízo das empresas baianas, de mais de R$ 13,4 milhões em 2011 para R$ 27,6 milhões em 2016 (aumento de 105%), aponta uma pesquisa nacional da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgada ano passado.
Na pesquisa, a Bahia, com 1.998 casos entre 2011 e 2016, é o quinto estado onde mais ocorre roubo de cargas no país. Lidera a lista São Paulo (com 49.212 roubos no mesmo período), seguido de Rio de Janeiro (33.240), Minas Gerais (3.987) e Goiás (2.010).
A BR-242 está entre as mais perigosas estradas federais para esse tipo de crime, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que coloca na lista ainda as BRs 324, 101 e 116. Relatório feito pela PRF a partir das ocorrências nessas rodovias e enviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), reforçado com investigações posteriores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), da SSP-BA, resultaram numa operação que prendeu 21 pessoas em junho do ano passado.