O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, está sob investigação da Polícia Federal por supostamente chefiar uma milícia envolvida em lavagem de dinheiro na cidade de Feira de Santana, situada a 100 km de Salvador.
Na última quinta-feira 7, seis pessoas foram presas, incluindo o filho de 18 anos e a esposa de Binho Galinha, além de três policiais militares, todos suspeitos de participação no grupo. Quatro indivíduos estão foragidos. A esposa do deputado teve a prisão convertida para domiciliar devido à presença de uma filha ainda criança, enquanto o filho teve a prisão preventiva mantida e foi encaminhado para o presídio em Salvador.
O parlamentar não foi detido em virtude do foro privilegiado, mas declarou estar à disposição da Justiça, garantindo que os fatos serão esclarecidos. Ele ressaltou que as atividades legislativas seguirão sem alterações nos próximos dias.
Além dos familiares de Binho Galinha, a prisão de três policiais militares, Jackson Macedo Araújo Júnior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho, revela o envolvimento do que é descrito como o “braço armado” da milícia. Todos estão detidos na Coordenadoria de Custódia Provisória.
Um nome que surge como peça-chave na receptação de peças roubadas é Kleber Herculano de Jesus, conhecido como “Compadre Charutinho”. Segundo as investigações, ele seria o responsável pela aquisição das peças que posteriormente eram vendidas para a Tend Tudo, loja de autopeças comandada por Binho Galinha e Mayana Cerqueira.
A denúncia do Ministério Público da Bahia destaca que “Compadre Charuto” possui um “vasto histórico” de crimes contra o patrimônio e mantinha uma relação próxima com o deputado Binho Galinha. Esses novos elementos aprofundam ainda mais a trama complexa da milícia, evidenciando conexões entre diferentes indivíduos e setores da criminalidade. * Foto: Agência Alba