De acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Salvador, a capital da Bahia, é a capital brasileira com a maior proporção de mulheres em relação à quantidade de homens. A pesquisa, que leva em conta informações coletadas em 2022, revela que 54,4% da população de Salvador é composta por mulheres, o que representa cerca de 1,3 milhões de mulheres em um total de 2,4 milhões de habitantes.
Embora Salvador seja o segundo município mais feminino do Brasil, perdendo apenas para a cidade de Santos, no litoral paulista, o crescimento da população feminina é uma tendência nacional. Enquanto o número total de habitantes no país cresceu 6,5% de acordo com o censo, o total de homens aumentou 5,5%, chegando a 48,5% da população total, e o número de mulheres cresceu 7,4%, representando 51,5% dos habitantes do Brasil.
Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do IBGE, explicou essa tendência, afirmando que “a feminização do país como um todo tem relação com o envelhecimento da população e a forma com que homens e mulheres levam a vida. Temos uma mortalidade muito maior entre homens, especialmente nos primeiros anos de vida.”
A nível estadual, na Bahia, o número total de mulheres é de 7,3 milhões em uma população geral de 14,1 milhões de habitantes. Além de Salvador, outras cidades baianas, como Itabuna, Feira de Santana, Cruz das Almas e Amélia Rodrigues, também apresentam altas proporções de mulheres em suas populações.
Por outro lado, cidades como Arataca, Muquém de São Francisco, Juruçu, Ribeirão do Largo e Santa Luzia se destacam pelas maiores populações masculinas na Bahia.
A tendência de crescimento da população feminina, não apenas na Bahia, mas em todo o país, é um fenômeno relevante que merece atenção tanto no âmbito acadêmico quanto no político, e pode ter implicações significativas para o planejamento e o desenvolvimento social e econômico das regiões afetadas.