A Suzano afirmou que só dialogará com o Movimento Sem Terra (MST) depois que as fazendas invadidas na Bahia forem desocupadas.
Em entrevista à CNN, o presidente da empresa, Walter Schalka, disse que “só tem diálogo depois que desocuparem as fazendas”.
“Primeiro é preciso respeitar a lei. Depois que eles saírem estamos abertos a cooperação, como sempre estivemos”, afirmou.
Na segunda-feira 27, o MST ocupou três propriedades da fabricante de papel e celulose em Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia. A Suzano conseguiu na Justiça da Bahia a reintegração de posse de uma fazenda invadida por integrantes do MST, na cidade de Mucuri.
A decisão do juiz Renan Souza Moreira autoriza o uso da força policial, caso necessário, e estabelece multa de R$ 5 mil por dia aos sem-terra em caso de descumprimento.
Nesta quinta-feira 2, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, se reuniu com representantes da Suzano e combinou que a empresa vai recuperar a memória desse acordo e pedir ao MST que possa deixar a área.
Ele disse que o governo tentará resolver ‘pelo diálogo’ a situação. Sem criticar a invasão, o ministro garantiu que vai entrar em contato com o MST e sugerir a negociação.
Segundo Texeira, na próxima quarta-feira 8, ele volta a se reunir com a Suzano, mas dessa vez com o MST presente.