A 5ª Promotoria de Justiça de Teixeira de Freitas, no Extremo Sul baiano, anunciou hoje a conversão de um inquérito para apurar irregularidades na contratação da empresa Ktech Gestão de Software LTDA durante o mandato do ex-prefeito João Bosco Bittencourt, entre 2013 e 2016. A decisão foi tomada pela promotora Michele Aguiar Silva Resga.
Essa medida reacende as preocupações em torno do caso que remonta a 2015, quando João Bosco e a Ktech foram alvos da Operação Águia de Haia, conduzida pela Polícia Federal. Na ocasião, diretores da empresa foram presos, e a investigação abordava suspeitas de desvio de recursos da educação.
Em 2018, já após Bosco ter deixado a prefeitura, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) recomendou a devolução de R$ 1,8 milhão aos cofres públicos. O montante refere-se a uma diferença significativa identificada no contrato com a Ktech, no valor de R$ 2,4 milhões, para a prestação de serviços inicialmente estimados em R$ 509,4 mil.
O TCM alega que a contratação da Ktech ocorreu entre 2013 e 2014, totalizando um custo de R$ 4,4 milhões. A abertura deste novo inquérito pela Promotoria de Justiça destaca a persistência das investigações, lançando luz sobre possíveis desdobramentos e consequências legais para os envolvidos.