O Conselho Nacional dos Direitos Humanos – CNDH iniciou nesta segunda-feira, 15, sua missão ao extremo sul da Bahia para tratar de violações de direitos humanos de indígenas. Pela manhã, foi iniciada uma audiência pública na Terra Indígena Tupinambá de Belmonte.
A missão conta com a presença da vice-presidente do conselho, Deborah Duprat, da conselheira Sandra Carvalho, do conselheiro Herbert Barros, da representante da secretaria-executiva do CNDH, Elisa Colares, além de Paulo Maldos (Conselho Federal de Psicologia), Vladimir Correia (Defensoria Pública da União), Ailson Machado(Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial-MMFDH), Antonio Francisco Neto e Alessandra Pereira (ambos do Comitê de Defensores de Direitos Humanos).
Também participaram representantes da regional da Funai, do Cimi – Conselho Indigenista Missionário, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA e de Secretaria Estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social-BA.
Na audiência, foram apresentadas ações judiciais e inquéritos policiais que versam sobre as tomadas de parte da região já delimitada pela Funai. Os indígenas presentes apontaram como principais problemas que levam ao sofrimento da aldeia a falta de energia elétrica após derrubada de 14 postes, a impossibilidade de escoamento da produção por bloqueio por parte dos antigos compradores (pressionados pelos fazendeiros) e a insegurança constante pelas ameaças sofridas por indígenas, como a cacica Cátia, cujo enteado David Charles Santos de Almeida está desaparecido. “É uma vitória enorme eu amanhecer ou eu anoitecer”, ela afirmou.