“Alimentação saudável: um direito de todos”. É com esse tema que os educandos e educadores da Escola Municipal Estrela do Che, localizada no Acampamento Paulo Kageyama, município de Eunápolis, extremo sul baiano, desenvolvem estudos e práticas agroecológicas buscando contribuir com uma alimentação de qualidade para as famílias acampadas e os educandos.
O objetivo do trabalho é dinamizar a realização da Jornada Agroecológica, lançada pelo setor regional de Educação do MST, que tem como metas, fortalecer e divulgar práticas desenvolvidas nas áreas de acampamentos e assentamentos. E refletindo sobre a alimentação no contexto da luta e construção da Reforma Agrária Popular.
A Educanda, Alistefanner de Souza, de 14 anos, que está no 9ª ano, acredita que a agroecologia se coloca com uma alternativa que as famílias Sem Terra precisam dominar e tentar materializar nos espaços do MST, como os acampamentos e assentamentos. “É muito bom ter a oportunidade de cultivar o nosso próprio alimento, mas aquele alimento que nos sustente, com todos os nutrientes necessários para uma vida saudável”, afirma.
Para a coordenadora pedagógica da escola, Evanilda Gil de Jesus a agroecologia simboliza o fruto da luta, tanto na conquista do espaço, como nas inter-relações humanas, ecológicas e sociais vivenciadas, refletidas e reconstruídas a partir de um processo continuo na relação com a terra.
“A educação é um ato de libertação, que promove a mutua intervenção entre educandos e educadores, os conhecimentos se costuram como uma teia de aranha, que permite a conscientização compartilhada e relacionada à vida concreta na qual estamos inseridos”, conclui Jesus.