Durante assembleia na manhã nesta quinta-feira 22, os professores da rede municipal de ensino de Itamaraju recusaram a proposta de equiparação ao Piso Nacional feita pela prefeitura de Itamaraju.
Contrariando o ministro da Educação, Mendonça Filho, que assinou nesta quinta-feira, 28, portaria com aumento de 6,81% para o piso salarial dos professores para 2018, o prefeito Marcelo Angênica (PSDB) ofereceu apenas 3,5% de reajuste. O presidente da APBL Sindicato de Itamaraju, professor Noel Vieira declarou que a proposta foi considerada ‘indecente’ e assim acabou sendo recusada por unanimidade durante a assembleia.
Segundo o dirigente, o sindicato apresentará uma contraposta no valor previsto pelo MEC e o prefeito Marcelo Angênica (PSDB) terá ate o dia 30 de março para fazer o reajuste. Em caso de recusa, o sindicato fará uma paralização de advertência de 24 horas que pode dar inicio a uma greve da categoria no município.
O reajuste anunciado segue os termos do art. 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro. “Eles não estão cumprindo a lei que determina esse reajuste”, alertou. O professor defende que há recursos para garantir o pagamento do piso em sua totalidade, uma vez que de janeiro a março foi repassado cerca de R$ 9 milhões para a educação. “Temos esperança que o gestor possa rever o percentual e voltar atrás”, disse Vieira.
De acordo com o professor, além do reajuste, na pauta de reivindicações enviada ao executivo municipal itamarajuense constam 20 itens que também não foram contemplados. Entre eles a eleição para diretor de escola e inclusão dos profissionais de limpeza na reestruturação do plano de cargos e salários do município.