O número de câmaras de vereadores da Bahia com as contas de 2016 reprovadas mais que dobrou em comparação com o período anterior. Desde fevereiro, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) julgou 181 casos, menos da metade das 417 câmaras em atividade no estado, com 17 rejeições. Isso pode significar inelegibilidade à vista para muitos. Um dos casos mais gritantes é o do ex-presidente da Câmara de Itamaraju, Francisco Carlos (PP), o Chico do Hotel, que devido a irregularidades, deve ter suas contas votadas ainda esse ano com perspectivas de rejeição, uma vez que, o TCM entrou com pedido de representação contra ele no Ministério Publico Estadual (MPE).
A aproximadamente um mês do fim do ano, a quantidade igualou o total de reprovações referentes ao exercício de 2015, mas em termos percentuais, o índice atual de rejeição está duas vezes maior – 9,3% contra 4%. Extrapolar limite de gastos com pessoal e encerrar mandato como presidente de câmara com as finanças do Legislativo no vermelho estão entre as principais causas para as condenações do TCM.
A presidente da União dos Vereadores da Bahia (UVB), Edylene Ferreira, diz que o aumento de reprovações não se deve só ao maior rigor do TCM. Para ela, presidentes de câmaras enfrentam dificuldade com o sistema digital para prestar contas. “Isso complicou. É o primeiro ano completamente digitalizado”, pontua. Com informações do Correio