O valor curativo de plantas medicinais da região de Mata Atlântica vai contribuir para o desenvolvimento de comunidades e para a produção qualificada de remédios fitoterápicos. Essa é a meta da Rota da Biodiversidade, programa conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e pela Fundação Oswaldo Cruz, com a RedesFito/Farmanguinhos, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. Um dos novos pontos nesse roteiro é o Arranjo Ecoprodutivo Local (AEPL) Polo Biriba, cujo comitê gestor foi definido em oficina realizada no fim de março em Teixeira de Freitas.
A Universidade Federal do Sul da Bahia é uma das instituições integrantes do colegiado, com as professoras Jannaína Velasques, do Campus Jorge Amado (Itabuna) e Gisele Lopes, do Campus Paulo Freire de Teixeira de Freitas respectivamente como representantes titular e suplente.
De acordo com a professora Jannaina Velasques, se considerar literatura científica, muitos trabalhos foram publicados, compreendendo desde os levantamentos etnobotânicos à investigação de princípios ativos de espécies nativas da região, e a FioCruz é a grande referência em pesquisas com essas espécies.
No entanto, apesar da vocação natural para a produção e manipulação de plantas medicinais pelas comunidades tradicionais do Polo e também da presença de algumas iniciativas individuais no setor produtivo de fitocosméticos e fitomedicamentos, o desenvolvimento do setor é praticamente incipiente na região. A iniciativa do MDR e Fiocruz parte justamente da necessidade de organizar e estruturar esse setor produtivo, contando com as instituições de ensino e pesquisa para a capacitação da comunidade.