A 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo terminou neste domingo 10, após 9 dias de evento literário, que este ano superou toda e qualquer expectativa de público. A Câmara Brasileira do Livro esperava 600 mil pessoas, público comparado a Bienal de 2018, mas ainda na sexta-feira 8, a organização do evento suspendeu a venda de ingressos, na internet e nas bilheterias, porque chegou-se a 1,2 milhão de ingressos vendidos.
Este ano a Bienal do Livro ocorreu no Expo Center Norte, na Vila Guilherme, na zona norte da capital paulista. No total, foram 65 mil m² de área total e 11 mil m² ocupados comercialmente. Na comparação com a Bienal de 2018, houve um aumento de 6% de área comercial ocupada. Com 100% dos espaços preenchidos e com 182 expositores, com mais de 3,5 milhões de títulos. Foram 48 escritores estrangeiros e 306 escritores brasileiros que lançaram livros novos, dentre eles 68% mulheres.
O conceito criativo que destacou o poder transformador do livro, trouxe este ano para a Bienal o slogan “Todo mundo sai melhor do que entrou”. “O mundo mudou nos últimos anos em vários aspectos e nós também mudamos, buscando melhorar ainda mais o nosso evento. A 26ª Bienal Internacional do Livro proporcionou aos visitantes um maior contato com autores, em encontros e palestras exclusivas”, ressaltou Vitor Tavares, presidente da CBL – Câmara Brasileira do Livro.
Como convidado de honra em 2022, Portugal preparou uma participação muito especial para o evento com um estande de 500m², que incluiu um auditório, uma livraria, um espaço infantojuvenil e uma zona multiusos, onde foram apresentadas exposições com conteúdos diversificados do seu país, além de ter trago ao Brasil uma comitiva portuguesa com 23 autores, inclusive Fernando Pessoa que veio em forma de estátua de bronze para encantar o cenário das pessoas numa bela fotografia ao lado do bondinho, símbolo singular de Portugal. Além disso, o país exibiu uma exposição cronológica da trajetória do escritor português José Saramago, que morreu aos 87 anos em 18 de junho de 2010, em celebração ao centenário de nascimento do escritor.
Dentre os grandes lançamentos da 26ª Bienal de São Paulo, esteve o livro histórico “1500 – O Brasil a partir da Foz do Rio Cahy” do jornalista baiano Athylla Borborema, que surgiu sem economia de registros e interpretações, nos trazendo revelações inéditas sobre a estimulante história que levou os portugueses a se aventurarem pelo mar, nas terras tropicais da Bahia em busca de um Porto Seguro. O livro ganhou uma capa ilustrativa com uma imagem real da Foz do Rio Cahy, cenário ainda intocável, ilustrada por silhuetas demonstrando o primeiro encontro dos portugueses com os indígenas brasileiros, desenvolvida pelo design gráfico baiano Luiz Fernando dos Santos Souza.
A obra fez parte das homenagens aos 100 anos da 1ª Semana de Arte Moderna de São Paulo e aos 200 anos da Independência do Brasil. O livro é um lançamento da Editora Lura de São Paulo. “Nós da Lura Editorial nos sentimos muito felizes em ter em nossos quadros um escritor da capacidade do Athylla Borborema, que inclusive, teve uma maratona de atividades durante a Bienal, em virtude do lançamento do seu livro “1500”, obra que resgata a história do nosso país”, destaca o presidente da Editora Lura, Roger Conovalov.
Para o escritor e jornalista Athylla Borborema, a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi um grande momento da literatura no Brasil. Além da larga oferta de livros e um público recorde nunca antes visto num evento literário, a 26ª Bienal ofereceu uma intensa programação multicultural, desenvolvida para despertar o gosto pela leitura. Para ele, a leitura tem a capacidade de transformar as pessoas, seja pelo conhecimento adquirido ou pela emoção que transmite.
O livro “1500 – O Brasil a partir da Foz do Rio Cahy” de Athylla Borborema, resgata a história do descobrimento do Brasil com fascínio, aventura e pesquisa. Num texto cronológico e comovente, repleto de casos pitorescos, o jornalista Athylla Borborema apresenta a história sob um novo ângulo e faz o leitor enxergar as etapas daquela aventura lusa, até a chegada dos portugueses à Foz do Rio Cahy, passando pelas missões promovidas por eles em Porto Seguro e em Coroa Vermelha.
Por muito tempo, nossa História foi contada sob a economia de nomes, datas, alcances e locais e, esta obra, que pretende ser relevante para os brasileiros no resgate da historiografia do país, celebra o grande valor histórico da região litorânea do extremo sul da Bahia, onde se deu o primeiro contato da tripulação de Pedro Álvares Cabral com os indígenas brasileiros ao cair da tarde daquela quarta-feira do dia 22 de abril de 1500.
Athylla Borborema
Athylla Borborema é um jornalista, radialista, publicitário, roteirista, documentarista, youtuber brasileiro, mestre e doutor em jornalismo científico que em 1993, publicou o seu primeiro livro. Desde então ocupa a lista das obras mais recomendadas da literatura nacional com mais de 30 livros publicados, todos campeões de vendas e premiados no mundo inteiro. Agora apresenta “1500 – O Brasil a partir da Foz do Rio Cahy” – uma obra inspirada na carta de Pero Vaz de Caminha, comentada e rica de revelações inéditas sobre o nascimento do Brasil como nação. Durante a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que ocorreu de 02 a 10 de julho de 2022, outras obras de Athylla Borborema foram expostas, a exemplo do romance “A menina do céu cor-de-rosa” e a biografia “Frans Krajcberg – O poeta da árvore”.