A Justiça de Ilhéus autorizou a realização de transfusão de sangue e hemoderivados em um bebê recém-nascido, cujos pais haviam negado o procedimento por motivos religiosos. A decisão foi tomada após o Ministério Público estadual intervir em favor da saúde e bem-estar da criança.
O pequeno paciente, internado no Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio, enfrentava sérios problemas de saúde, incluindo insuficiência respiratória, problemas cardiológicos e hemorragia digestiva. Com risco iminente de morte, a equipe médica necessitava urgentemente realizar a transfusão para salvar a vida da criança.
O promotor de Justiça Pedro Nogueira Coelho ressaltou a importância de priorizar o direito à vida e à saúde da criança, independentemente de questões religiosas. A decisão da Justiça não apenas autorizou a transfusão, mas também determinou que todos os procedimentos necessários para garantir a recuperação da criança fossem realizados.
Além disso, a Justiça solicitou uma visita à residência da família para verificar o acolhimento adequado ao bebê após sua alta hospitalar. O caso destaca a delicada balança entre liberdade religiosa e o direito à vida, demonstrando que em situações emergenciais, a proteção da saúde e do bem-estar da criança deve prevalecer.