Alternativas sustentáveis e de baixo custo têm se tornado o foco central de pesquisas realizadas por estudantes da rede estadual, preocupados com a preservação do meio ambiente. No município de Itanhém, alunos do Colégio Polivalente de Itanhém, que concluíram o Ensino Médio em 2024, desenvolveram um sistema de biofiltragem para o tratamento de águas residuais coletadas no restaurante estudantil da unidade escolar.
O projeto, intitulado “Proposta de uso de biofiltros no tratamento de águas residuais de refeitórios estudantis em escolas estaduais da Bahia”, foi elaborado por Kadu Farias Santana, Maria Isabella Curvelo e Samantha Katharina Sucupira. Os biofiltros operam como sistemas de filtragem biológica que utilizam organismos vivos para remover contaminantes. O biofiltro criado pelos estudantes foi montado com camadas de carvão bioativado, casca de coco, brita n° 0 e areia lavada, sobre a qual são colocadas plantas nativas.
Kadu Santana, 17 anos, ressaltou a importância do trabalho para a sustentabilidade. “O projeto tem como objetivo a testagem, avaliação e implementação de um biofiltro. Ele promove a reutilização de uma grande quantidade de água que seria descartada, tornando-a própria para uso novamente, contribuindo para um sistema sustentável em nossas escolas e promovendo a educação ambiental dos alunos.”
Maria Isabella Curvelo, 18, enfatizou os benefícios da utilização do biofiltro. “O principal deles é a redução do desperdício de água e a melhoria na qualidade do descarte de efluentes. Essa água pode ser reutilizada na irrigação e limpeza de áreas comuns, diminuindo a dependência de água potável. O biofiltro também é viável devido ao baixo custo operacional e serve como uma ferramenta educativa poderosa, permitindo que os estudantes compreendam, na prática, conceitos de sustentabilidade e gestão de recursos hídricos.”
Este projeto é um dos muitos apresentados por estudantes na 12ª Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba), realizada em dezembro de 2024, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Os trabalhos foram desenvolvidos ao longo do ano passado, com o apoio de professores-orientadores, destacando o protagonismo estudantil na busca por soluções criativas e inovadoras para desafios locais e globais.