O tatu é o animal mais frequentemente encontrado em armadilhas durante as operações de monitoramento da Suzano nas florestas do Espírito Santo e da Bahia. Os dados fazem parte das estatísticas divulgadas pela empresa referente aos primeiros dez meses de 2024, período em que foram registrados 143 ocorrências de caça irregular, uma queda de 65% em relação aos 409 casos contabilizados durante todo o ano de 2023. Essa redução representa uma média de 14 ocorrências por mês em 2024, comparada a 34 por mês no ano anterior.
Além do tatu, outros animais ameaçados pela caça ilegal incluem quatis, capivaras, pacas, corças e lagartos. A Suzano estima que 80% das caças são para consumo próprio, enquanto 20% são destinadas à comercialização.
De acordo com a empresa, 87% das ocorrências resultaram em desmobilização de armadilhas e recolhimento de acessórios utilizados na prática ilegal. Lucio Flavio Gracino, coordenador Corporativo de Inteligência Patrimonial da Suzano, atribui a diminuição dos casos a uma nova metodologia de monitoramento e coleta de dados que permite uma compreensão mais precisa do problema.
Em 2024, a Suzano também realizou 346 abordagens em comunidades vizinhas, impactando mais de 650 pessoas com informações sobre a prevenção da caça ilegal. Essas ações têm se mostrado eficazes, resultando em 95% das ocorrências identificadas tendo tratativas classificadas como de resolução imediata, evitando a captura de animais.
Rodrigo Pimentel, Coordenador de Inteligência Patrimonial da Suzano na Bahia, explica que em casos de flagrante ou uso de arma de fogo, a polícia é acionada imediatamente. A desmobilização de armadilhas e a entrega de artefatos de caça aos órgãos competentes, como o IBAMA, são práticas comuns para coibir a caça irregular.