Uma ação da Defensoria Pública do Estado da Bahia, em Eunápolis, assegurou o acesso a um medicamento crucial para um pré-adolescente de 11 anos que enfrenta um quadro grave de eritrodermia. A doença, que afeta praticamente toda a pele do menino, causando lesões, vermelhidão, bolhas e descamação, tem sido motivo de intensos sofrimentos e frequentes internações hospitalares devido às coceiras insuportáveis e à dor das lesões.EunápolisO medicamento necessário, Dupilumabe, foi recomendado pela dermatologista da adolescente, mas seu custo mensal de mais de R$ 11 mil e anual de mais de R$ 133 mil tornava inalcançável para a família, de origem humilde.
Esgotadas as opções de tratamento disponíveis na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Defensoria entrou uma ação judicial para garantir o fornecimento do medicamento pelo poder público, incluindo o municipal.
A mãe da jovem, Maria Silva, que é comerciante, compartilhou a dor e a preocupação da família ao testemunhar a filha lidar com os impactos devastadores da doença. Ela descreveu a luta diária da adolescente contra a dor, a coceira e o desconforto constantes, que exigiam internações hospitalares e até sedação para realizar tarefas simples como tomar banho.
O agravamento do quadro durante a pandemia de Covid-19 piorou os sintomas da doença, afetando a saúde física e emocional do jovem, que enfrentou grandes desafios em sua rotina e educação. O defensor Pedro Oliveira, responsável pelo caso em Eunápolis, enfatizou a importância do medicamento recomendado e sua eficácia no tratamento da eritrodermia, ressaltando a necessidade de acesso a tratamentos adequados para garantir a qualidade de vida dos pacientes. A inclusão do Dupilumabe no rol de medicamentos da Agência Nacional de Saúde (ANS) valida sua importância no tratamento de casos como o da pré-adolescente de Eunápolis.