A estiagem dos últimos meses no sul da Bahia tem trazido preocupação aos moradores e pecuaristas da região. Até o momento, estima-se que cerca de 10 mil cabeças de gado sejam perdidas em decorrência do evento climático.
De acordo com a Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (ADASB), os prejuízos com a produção leiteira regional já chegam a 50%. Dirigentes explicam que a falta de chuva regular e suficiente gera escassez de água e alimento para o gado.
Entre as consequências, estão a elevação dos preços de importantes itens que vão à mesa das famílias, a exemplo da carne, do leite e seus derivados.
Presidente da ADASB, Aldrin Veiga Trevisan ressalta que a estiagem é resultado de um fenômeno da natureza, o El Niño, mas que a situação tem se agravado por conta de ações da mão humana.
“Muitos de nossos associados tem registrado em suas propriedades incêndios criminosos, principalmente em áreas que ficam às margens das rodovias, o que é um perigo para todos”, alertou.
Ele frisa a necessidade de um olhar mais atencioso do Governo em todas as esferas, seja Municipal, Estadual ou Federal, para os produtores rurais serem assistidos em suas maiores necessidades do momento. “Precisamos de um suporte preventivo com ações de controle de aceiro, e também ações emergenciais para combate aos incêndios”, pontua.
Aldrin ainda cita a necessidade de um Decreto que reconheça a gravidade dos reflexos desta estiagem no campo. “Já entramos em uma situação de emergência e calamidade e esse reconhecimento ajudaria muitos produtores com uma prorrogação do prazo para pagamento de seus financiamentos, afinal, o produtor está amargando prejuízos e não terá como honrar seus compromissos”.