A Fazenda Avenida foi ocupada por cerca de 100 famílias Sem Terra na madrugada desta terça feira 28, no município de Itamaraju. A ocupação é considerada um ato de denúncia do trabalho escravo e um protesto conta o aumento da fome e a paralização dos processos de reforma agrária no país.
De acordo com os dirigentes, a ocupação seguiu todos os protocolos sanitários como prevenção ao Covid-19 e ocorreu de forma pacifica. No momento da ação somente dois caseiros que tomam conta da fazenda dormiam no local.
A Fazenda Avenida, como é conhecida, é um complexo de cinco fazendas, com mais de 800 hectares, várias casas abandonadas, sem energia elétrica e dedicada exclusivamente ao cultivo de cacau. Ex-funcionários e vizinhos da área afirmam que há mais de 15 anos a propriedade está abandonada e boa parte da lavoura de cacau foi devastada pela vassoura bruxa.
Em 2016 e 2017 o grupo Chaves foi autuado e denunciado por trabalho escravo.
O Movimento dos Trabalhadores Rural Sem Terra (MST) promete intensificar as ocupações de terra para pressionar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que cumpre agenda na região nesta terça-feira 28, a agilizar reforma agrária.