O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decretou medidas cautelares contra a chilena Ana Maria Leiva Blanco, acusada de agressão e racismo religioso contra a empresária judia Herta Breslauer, proprietária de um estabelecimento em Arraial D’Ajuda, distrito turístico de Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia.
Na sexta-feira 2, Herta Breslauer foi chamada de “assassina de crianças” em um ataque que repercutiu nacionalmente, recebendo repúdio do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, nas redes sociais.
O juiz Armando Duarte Mesquita Junior determinou quatro medidas cautelares para Ana Maria Leiva Blanco, incluindo comparecimento bimestral à Justiça, proibição de acesso à loja da empresária agredida, proibição de contato com a vítima e a proibição de deixar a cidade, sob pena de prisão preventiva.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) manifestou apoio à decisão do tribunal, reforçando a gravidade do ocorrido. A chilena Ana Maria Leiva Blanco, em sua defesa, alegou que o incidente foi uma diferença “pessoal” e “política”, negando intenção de ofender o povo judeu.
Em depoimento, Herta Breslauer relatou conhecer a agressora e mencionou que, devido às postagens anti-Israel nas redes sociais, havia bloqueado Ana Maria Blanco. A investigada, defensora da causa palestina, admitiu ter agredido a empresária após ser chamada de terrorista, expressando posterior arrependimento.