Os contratos de cacau para março surpreendem o mercado com nove dias consecutivos de altas recordes, atingindo US$ 5.604 a tonelada. A deterioração na produção da Costa do Marfim impulsiona a bolsa de Nova York, gerando preocupações de escassez sistêmica pela quarta temporada consecutiva.
O impacto se estende aos consumidores de chocolate, com os fabricantes esgotando estoques comprados a preços mais baixos. A Hershey antecipa limitações nos lucros devido aos preços históricos do cacau. Analistas alertam para um possível aumento ainda maior, enquanto a contagem de safras no segundo trimestre pode determinar se a escassez é sistêmica.
Os futuros do cacau da ICE London e Nova York atingem recordes, fechando em 4,7 mil libras e US$ 5,8 mil por tonelada, respectivamente. A pesquisa da Reuters indica um déficit global de 375 mil toneladas na temporada 2023/24, marcando o terceiro déficit consecutivo.
Apesar dos preços elevados, os vendedores de cacau físico se retiram do mercado, criando desafios contínuos de liquidez. O setor enfrenta incertezas em meio à persistente escalada dos preços, levando os participantes do mercado a se prepararem para um cenário de oferta cada vez mais restrita. *Foto: Beatriz Branco