Após percorrer mais de 110 km até Salvador, Bahia, com 3 mil trabalhadoras e trabalhadores rurais, os Sem Terra ocupam a sede do Incra na capital desde ontem 18.
Eles protestam contra a paralisação da Reforma Agrária e o descaso do não cumprimento das pautas reivindicadas ao órgão federal desde 2018, já que as mesmas não foram atendidas até o presente momento.
A Marcha Estadual do MST na Bahia saiu desde o último dia 11 de abril, de Feira de Santana com destino à capital baiana. Militantes de pelo menos 10 regionais participam do ato.
Eles exigem regularização fundiária, acesso ao abastecimento de água, implementação de infraestrutura nas vias públicas das zonas rurais, educação no campo, fomento e crédito à produção de alimentos saudáveis da agricultura familiar camponesa, enquanto denunciam também o aumento da violência no campo.
Em ofício dirigido ao Superintendente Regional do Incra, Paulo Emmanuel Macedo de Almeida Alves e ao Ministério Público Federal, as pautas levadas pelas famílias Sem Terra incluem a incidência da questão fundiária em meio a emergência da desapropriação e imissão de posse imediata de mais de 100 processos paralisados; e a realização de vistorias nas áreas prioritárias e identificadas pelos trabalhadores, para resolver as demandas das famílias acampadas.