Numa parceria entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU), será realizada nesta terça-feira 29, uma audiência pública para tratar dos impactos da monocultura do eucalipto sobre as comunidades quilombolas do extremo sul baiano.
O evento é resultado da luta das comunidades quilombolas da região, que há anos vêm exigindo das instituições públicas o respeito à normatização de licenciamento ambiental, que deveria proteger os interesses e direitos da comunidade, impedindo os profundos impactos decorrentes da exploração do eucalipto, que envolvem ameaças contra os recursos naturais, o acesso à terra, à memória, à saúde e às atividades cotidianas dos remanescentes quilombolas.
A monocultura do eucalipto é baseada em políticas públicas ambientais discriminatórias que evidenciam o racismo ambiental, invisibilizando as demandas das comunidades quilombolas da região e ameaçando sua memória e seus direitos.
“A luta das comunidades quilombolas do Extremo Sul da Bahia é do interesse de todos, para fazer valer o respeito aos Direitos Humanos, à nossa Constituição, às leis de proteção ao meio ambiente, à saúde e à história das comunidades tradicionais de nosso país”, afirma nota encaminhada à imprensa pelos promotores do encontro.
A audiência pública acontecerá no Campus Afirmativo Paulo Freire da (Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), na Avenida Presidente Getúlio Vargas,1732, em Teixeira de Freitas, e será transmitida pelo You Tube, através do Canal Extremo Quilombo (https://youtu.be/VgVxdzY30w).