Um mês se passou desde o trágico assassinato do ex-ator mirim da Globo, João Rebello, e sua viúva, Karine, usou suas redes sociais para expressar a dor e a indignação que sente diante da brutalidade do crime. João, sobrinho do diretor Jorge Fernando, foi morto em Trancoso, após receber 12 disparos de arma de fogo, em um caso que chocou a sociedade e levantou questões sobre a violência no país.
Em um relato emocionante, Karine descreveu a confusão e o desespero que a dominaram no dia do assassinato. “Porto Seguro me deixou sem porto. Me sinto violentada de várias maneiras. Tenho lapsos de memória de pessoas sentadas na açaiteria do outro lado da rua, assistindo de camarote, enquanto eu gritava e procurava entender o que tinha acontecido com o João. Não consegui elaborar o que estava acontecendo, pois não me deram tempo de pensar”, escreveu, revelando a intensidade de suas emoções e a dificuldade de processar a tragédia.
No desabafo, Karine também mencionou as perguntas insensíveis que ouviu de estranhos enquanto tentava lidar com a situação. “As pessoas que chegavam a mim só me perguntavam se ele era traficante ou se estava tendo um caso com a mulher de alguém. Isso me gerou muita paranoia, tive crises de ansiedade em pensar que ele poderia ter uma vida paralela enquanto estávamos juntos. Quanta indelicadeza dessas pessoas”, desabafou, ressaltando a falta de empatia que enfrentou em um momento tão doloroso.
Além de lamentar a perda de seu companheiro, Karine expressou sua indignação em relação ao tratamento dado ao carro de João, que ficou na cena do crime sem o devido cuidado. “Após a perícia do carro, eles ainda iriam largar o carro ali… na cena do crime… com os vidros quebrados, furado, ensanguentado. Nenhum reboque iria tirá-lo dali. Uma alma benevolente teve piedade e me ajudou com isso. Trancoso roubou minha luz”, finalizou, pedindo que a memória de João seja respeitada e que a justiça seja feita.